Hoje é um daqueles dias em que a ansiedade não está me deixando me concentrar em absolutamente nada que preciso fazer. Enquanto escrevo isso, tenho meu relatório de estágio incompleto e com prazo expirando ao lado do teclado, o roteiro da apresentação da próxima banca de tcc por fazer e um projeto muito legal que quero por em prática logo, mas que nesse momento não posso me entregar por completo a ele.
Em paralelo à tudo isso, tenho obrigações com minha casa nova, com minha família, comigo mesma, com meu trabalho… mas acredito que a coisa que mais vem me atormentando no momento é a minha obrigação comigo mesma, para ser sincera. Me pego olhando pro nada as vezes, meio sem rumo e sem saber o que fazer em meio à tantas coisas para fazer – ok, sei que parece estranho, mas ao mesmo tempo sei que não sou a única a sentir isso. É normal. E isso é o mais bizarro de tudo.
Já perceberam que a vida ‘normal’ hoje em dia se resume em ser bem estudado e bem sucedido? É como se nossa felicidade dependesse única e exclusivamente disso, quando na verdade não conseguimos mais nem mesmo respirar um ar puro e sentir a sensação de liberdade e de conexão com a natureza. Li algo esses dias onde dizia mais ou menos que ‘o normal hoje, é sair na rua e seus olhos estranharem a luz do sol, por vivermos dentro de casas, prédios, em frente à telas de computador, de luzes artificiais (…)’. E ao mesmo tempo, sem isso não conseguiremos dinheiro para termos como desfrutar de momentos em lugares especiais, de viagens ao redor do mundo, de coisas básicas como nosso alimento. E no fim das contas é tudo sobre dinheiro. Contas que tiram o sono, desejos que só podem ser alcançados através dele, enfim.
Precisava colocar pra fora um pouco do que tenho aqui dentro.
Tantos pensamentos ocorrendo em poucos segundos.
Vou deixar aqui uma das músicas que tem me ajudado a respirar um pouquinho mais, e logo que puder, faço uma playlist pra ajudar quem também está passando por essa bad trip. Hahaha!
Beijos,
Ju